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Foto do escritorFraternidade São Nicolau

19º Domingo depois de Pentecostes

O Banquete Eucarístico



PRÆLEGENDUM (Sl 118: 137 e 124 | ib., 1)

Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor; em quaisquer tribulações em que se encontrem, se clamarem a mim, responderei e serei seu Senhor para sempre.

Ouça meu povo, meu ensino,

Ouça as palavras da minha boca.



HINO

Vão-se as sombras da noite dissipando.

Do Céu nos vem, Senhor, a luz da aurora

E toda a terra exulta, recebendo

A vossa bênção.


Compadecei-Vos da miséria humana,

Aliviai, Senhor, as nossas dores

E cumpri a promessa de nos dardes

A paz sem fim.


Pela vossa divina omnipotência,

Suba até Vós, Senhor, a nossa voz:

Para sempre à Santíssima Trindade

Louvor e glória.



📖 EVANGELHO de Jesus Cristo, segundo São Mateus 22, 1-14

Naqueles dias, de novo Jesus usou parábolas para falar ao povo. Ele disse:

— O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então mandou outros empregados com o seguinte recado: “Digam aos convidados que tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto. Que venham à festa!”

— Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois chamou os seus empregados e disse: “A minha festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas que vocês encontrarem.”

— Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente. Quando o rei entrou para ver os convidados, notou um homem que não estava usando roupas de festa e perguntou: “Amigo, como é que você entrou aqui sem roupas de festa?”

— Mas o homem não respondeu nada. Então o rei disse aos empregados: “Amarrem os pés e as mãos deste homem e o joguem fora, na escuridão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero.”

E Jesus terminou, dizendo:

— Pois muitos são convidados, mas poucos são escolhidos.


Te louvamos, Senhor!



✨ HOMILIA


O banquete escatológico ou hospitalidade divina

São Jean, bispo de Saint-Denis


Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,


A Igreja já nos permitiu meditar sobre esta parábola no 2º domingo após o Pentecostes, para sublinhar o aspecto eucarístico: o evangelho deste 2º domingo é o evangelho dos mistérios eucarísticos ao longo do tempo.


Hoje, a Igreja retoma a mesma história, mas segundo outro evangelho, porque a Igreja caminha também para o cumprimento escatológico do fim dos tempos, para os tempos apocalípticos.


Os Padres da Igreja, como Gregório de Roma e tantos outros, discernem neste Banquete, três ondas ou três movimentos. Primeiro vêm os primeiros servos a quem o Rei envia para buscar os convidados: eles não têm sucesso. Os servos da 2ª onda fracassam mais: até abusam. Finalmente, é dito: "O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles.".


A primeira onda de servos representa todos os profetas do Antigo Testamento, deste longo período que antecede a Encarnação de Cristo, mas o mundo permanece indiferente, preocupado com as coisas terrenas e não quer reconhecer sua vocação de união com Deus.


A segunda onda de servos simboliza os apóstolos desde os tempos apostólicos, desde o tempo de Cristo até o fim dos tempos. Quer dizer, todos os apóstolos cristãos e também, de certa forma, todos nós que Deus envia ao mundo para os chamar a este Banquete para o qual Ele os convida. E o mundo os maltrata e nos maltrata.


A terceira onda é um exército, e sabemos que do ponto de vista das Escrituras, "exército" se refere ao mundo angelical. Esta terceira onda ocorrerá no final dos tempos, os anjos descerão para destruir a cidade que recusa a Deus.


Do que podemos culpar os convidados que não vieram? Pecados pessoais? Fraqueza? Não! Porque no mesmo Evangelho se diz: “Trarão para o Banquete tanto os bons quanto os maus”. Então, qual foi o pecado essencial deles? Por que eles se afastaram do banquete? Por que essa raiva divina? Os convidados recusaram o chamado divino apenas pelo desejo de cuidar de seus negócios, seus campos, seu casamento...


O inimigo do mistério eucarístico é a preocupação do mundo, mas o mundo não tem o gosto de Deus. Deus o convida e ele responde: Não! não temos tempo! Temos muitas outras coisas a considerar: obras sociais, culturais, filosóficas, científicas, políticas, profissionais, etc.

É assim que em todo o universo a humanidade está tão absorta nas "coisas" para realizar que renuncia à sua vocação essencial que é a de ser "noiva de Deus" e de ir ao banquete nupcial.


Podemos perceber que os grandes objetivos da vida não impedem particularmente a evolução espiritual, mas sim a solicitação permanente de coisas secundárias, distração, porque, refletindo: tudo o que fizer, os campos estão sempre aí! E quando um Rei convida para o seu Banquete, podemos abandoná-los, podemos até deixar temporariamente a família, o negócio, a política para a qual estamos gastando nosso tempo. São as pequenas coisas que nos impedem.


A maior tentação de nosso tempo - de todos os tempos - é justamente se distrair. Todos são chamados, mas a humanidade está tão distraída, tão dispersa pelo cotidiano - aparentemente importante - que não sente vontade de dizer: Sim! E, no entanto, cada Eucaristia que celebramos oferece-nos os primeiros frutos deste convite divino: "tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto". O homem que supostamente procura as bem-aventuranças, a felicidade, só tem a dizer: "Estou chegando".


"Há muitos chamados, mas poucos escolhidos!" anuncia Cristo no Evangelho, todos somos chamados, mas só quem responde, como Maria, é eleito: “Sim!”.


Portanto, vamos encontrar tempo, rever nossa escala de valores, encontrar um lugar em nosso coração, em nossa existência para um ardente sim, sim eu sou livre, venho ao Banquete do Rei. Amém.


Monseigneur Jean, évêque de Saint-Denis.





🙌 PRECES

Louvemos a Cristo Senhor, Luz que ilumina todo o homem, Sol de justiça que não conhece ocaso; e aclamemos dizendo:


Senhor, Vós sois a nossa vida e salvação!


Criador do universo, ao dar-Vos graças por este dia,

— recordamos a vossa ressurreição.


O vosso Espírito nos ensine a cumprir neste dia a vossa vontade

— e a vossa Sabedoria oriente todas as nossas ações.


Ao celebrarmos este domingo, a vossa Palavra nos encha de alegria

— e a participação na Eucaristia faça crescer a nossa esperança.


Ensinai-nos a contemplar as maravilhas que a vossa generosidade nos concede

— e fazei-nos viver durante todo o dia em ação de graças.


(intenções livres)


Pai nosso...



🙏ORAÇÃO

(Cf. Oração da Coleta da Divina Liturgia Galicana)


Senhor Todo-poderoso e misericordioso, Tu preparas a festa de casamento de teu Filho com a humanidade. Pedimos-te, digna-te vestir-nos do novo homem criado em justiça e santidade, à tua imagem e semelhança, e que esta veste nupcial nos permita participar no banquete do Reino.

Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.




😇 SANTOS do dia


São Galo, abade, apóstolo da Suiça (645)

Perto de Arbone entre os suíços, por volta de 645, São Galo, sacerdote monge. Acolhido ainda criança por São Columbano no mosteiro de Bangor, na Irlanda, seguiu-o até a Gália e depois viveu nesta região como eremita, mas também como pregador itinerante do Evangelho. Com quase cem anos de idade, ele finalmente encontrou seu descanso em Deus. A famosa Abadia de São Galo foi construída no local de sua ermida e, um século depois de sua morte, alcançou fama europeia. Durante séculos, manteve relações estreitas com o mosteiro de Bobbio fundado por Columbano. Na Idade Média, a abadia tornou-se o maior centro de literatura e arte da Europa Ocidental, especialmente para a música.

Fonte: Saint Gall.



Santo Elífio (Eliphe, Elophe), mártir em Lorena (362)

Elífio é o primeiro mártir de Lorena e uma das figuras mais antigas conhecidas em nossa história religiosa. Um homem de fé intrépida, não hesitou em proclamá-la publicamente, em falar nas assembléias de Grand e em Solimariaca, onde realizou muitas conversões. Lançado na prisão, ele aparece diante de Julien o Apóstata. O imperador multiplica promessas, seduções e ameaças, mas em vão, para fazê-lo abjurar, e finalmente o condena à decapitação.

Fonte: História dos santos dos Vosges, obra do cônego Laurent "Eles são nossos antepassados", diocese de Saint-Dié).



São Conogano (Conogan ou Gwen, Albinus) bispo de Quimper (460)

Ele é um daqueles santos que é quase impossível de localizar. De fato, Conogano é uma variante de "Gwen", que significa "branco", e que por sua vez é traduzido para o latim "Albinus".

Acredita-se que São Conogano seja o sucessor de São Corentino na sé de Quimper, que morreu no ano de 453.

Reza a tradição que governou a região durante 27 anos, até ao ano da sua morte. O seu nome aparece no volume de 2002 “O Livro dos Santos” escrito pelos monges beneditinos da Abadia de Ramsgate.

Fonte: Santi e Beati.





















São Junien, eremita em Limousin (550)

Filho do Conde de Cambrai, batizado por São Rémi, retirou-se para as solidões de Limousin, onde havia muitos eremitas. Ele se estabeleceu na floresta de Comodoliac entre Viena e Glane, sob a direção de São Amand.

Ele intervirá durante uma praga que devastou as populações de Poitou. O lugar de sua peregrinação tornou-se a localidade de Saint-Junien

Em Limousin, como em outros lugares, os primeiros monges foram eremitas. Essas pessoas viviam isoladas para melhor rezar e, portanto, aproveitar as condições naturais favoráveis ​​da região. Foi no século V que a vida eremita ganhou impulso. O progresso da fé neste momento, ou os trágicos acontecimentos do momento levam alguns a se retirar para viver sua fé na solidão. Um dos eremitas mais famosos é São Amand, estabelecido na floresta Comodoliac, nas margens do Vienne, a oeste de Limoges. Ali se junta a ele São Junien que vive sozinho há quarenta anos, batizando, curando, instruindo as populações do bairro. Fonte: Nominis.



São Lull (Lullus em latim), bispo de Mayence (786)

Discípulo de São Bonifácio, abade de Hersfeld.

No mosteiro de Hersfeld na Francônia, no ano de 786, a morte de São Lul, bispo de Mainz. Acompanhou e ajudou São Bonifácio em sua missão de evangelização, foi ordenado bispo por ele, para ser mestre dos sacerdotes, doutor da Regra dos monges, pregador e pastor fiel do povo cristão.

Fonte: Nominis.









Santa Edwiges, duquesa da Silésia (1243)

Filha do conde da Baviera, casou-se, aos doze anos, com o duque da Silésia, chefe da família real polonesa, que conseguiu restaurar a unidade da Polônia. Ela é a cunhada do rei da França, Philippe Auguste. Com o marido, ela incentiva a fundação de mosteiros no reino, a ajudar os pobres e construir hospícios. Mãe atenta aos seus sete filhos, juntou-se, após a morte do marido, à filha Gertrude, que era abadessa cisterciense em Trebnitz, na Polônia, e ali levou uma vida muito simples e humilde.

Fonte: Nominis.






Dedicação da Basílica de Mont-Saint-Michel (709)

A história da abadia do monte Saint-Michel começou em 708, quando Aubert, bispo de Avranches, mandou construir no monte Tombe um santuário em honra a São Miguel Arcanjo (Saint-Michel). No século X os monges beneditinos instalaram-se na abadia e uma pequena vila foi-se formando aos seus pés. Durante a Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, o Monte Saint-Michel foi uma fortaleza inexpugnável, resistindo a todas as tentativas inglesas de tomá-la e constituindo-se, assim, em símbolo da identidade nacional francesa. Após a dissolução da ordens religiosas ditadas pela Revolução Francesa de 1789 até 1863 o Monte foi utilizado como prisão. Declarado monumento histórico em 1987, o sítio figura desde 1979 na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.



São Dulcidio, bispo de Age (540)

São Dulcido construiu uma basílica dedicada a Saint-Caprais. Ele era mais conhecido por seu zelo pelo culto aos nossos santos e sua imensa caridade para com os pobres, os doentes e os desafortunados.

Fonte: Nominis.



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