A Santíssima Trindade
PRAELEGENDUM (Sl. 33, 5-6; 47,1)
A terra está cheia da misericórdia do Senhor:
Pela palavra do Senhor foram feitos os céus,
e os corpos celestes, pelo sopro de sua boca.
Vós todos, povos, batam palmas
e aclamem a Deus com gritos de alegria.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
HINO (De la Sainte Trinité)
Vinde, povos,
adoremos a divindade em Três Pessoas:
o Pai no Filho com o Espírito Santo.
O Pai, desde toda a eternidade,
gera o Filho, eterno e rei,
e o Espírito Santo está no Pai
glorificado com o Filho,
um só poder, uma só substância, uma só divindade.
É a ele que adoramos, dizendo:
Santo Deus, que criou tudo por meio do Filho
com a ajuda do Espírito Santo,
Santo Forte, por meio do qual conhecemos o Pai
e por meio do qual o Espírito Santo veio ao mundo,
Santo Imortal, Espírito consolador que procede do Pai
e repousa no Filho.
Santíssima Trindade, glória a Ti!
📖 EVANGELHO de Jesus Cristo, segundo São Mateus 28, 16-20
Naqueles dias, os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando o viram, adoraram-no eles que a princípio tinham duvidado. Jesus, aproximando-se, falou-lhes assim: "Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei. Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo.
Te louvamos, Senhor!
Hino 21
de São Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego
«Tudo o que o Pai tem é Meu»
Tu brilhaste, manifestando como luz de glória
a luz inacessível da tua essência, Salvador,
e iluminaste esta alma mergulhada nas trevas. [...]
Alumiados pela luz do Espírito,
os homens olham o Filho, veem o Pai
e adoram a Trindade das Pessoas, o Deus único. [...]
Porque o Senhor [Cristo] é o Espírito (cf 2Cor 3,17),
Espírito é também Deus, o Pai do Senhor,
Verdadeiramente um só Espírito, pois é indiviso.
Aquele que O possui, possui em verdade os três,
mas distintamente cada um. [...]
O Pai existe e não é Filho,
pois é ingerado por essência.
O Filho não Se pode tornar Espírito,
o Espírito é Espírito não pode ser Pai.
O Pai é Pai, porque gera incessantemente. [...]
O Filho é Filho porque incessantemente é gerado
e foi gerado antes de todos os tempos.
Surgiu sem ser cortado da sua raiz,
mas está simultaneamente à parte sem estar separado
e inteiro e uno com o Pai vivo.
Ele próprio é vida e a todos dá a vida (cf Jo 14,6; 10,28).
Tudo o que o Pai tem, tem o Filho.
Tudo o que o Filho tem, tem o Pai.
Quando vejo o Filho, vejo o Pai.
O Pai é semelhante em tudo ao Filho,
salvo que um gera e o outro é incessantemente gerado. [...]
Como surge do Pai o Filho? Como a palavra sai do espírito.
Como Se separa dele? Como a voz se separar da palavra.
Como toma corpo? Como a palavra se escreve [...].
Nomes, ações, expressões,
tudo surgiu no mundo por ordem de Deus
Porque Ele deu nome às suas obras
e a cada realidade a designação devida. [...]
Mas, quanto ao seu próprio nome, jamais O conhecemos,
chamamos-Lhe «Deus inexprimível», como dizem as Escrituras (cf Gn 32,30).
Se Ele é inexprimível, se não tem nome,
se é invisível, se é misterioso,
se é inacessível, único acima de toda a palavra,
acima de todo o pensamento, não apenas dos homens,
mas também dos anjos,
«fez das trevas o seu véu» (Sl 17,12).
Tudo o mais aqui na Terra pertence às trevas;
só Ele, como luz, está fora das trevas.
🙏 ORAÇÃO
(Oração da Coleta, da Divina Liturgia Galicana)
Deus todo-poderoso e eterno,
que permitistes que vosso povo confessasse a verdadeira fé,
que é conhecer-vos, vosso Verbo co-eterno
e vosso Espírito Santo e vivificante,
a Trindade indivisível e consubstancial,
e adorar-vos como a Unidade soberana e onipotente,
nós vos pedimos, fortalecei-nos em nossa fé
e permiti que penetremos cada vez mais profundamente
na contemplação de vossa vida divina.
A vós seja o louvor e a glória, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
😇 Santos do Dia
Santo Agostinho, 1º bispo de Cantuária (+604)
Agostinho era prior de um mosteiro em Roma quando o Papa Gregório Magno veio retirá-lo da paz do claustro. Com quarenta companheiros, monges como ele, Santo Agostinho foi enviado à Inglaterra, com escala em Lérins, um em Paris e outros, porque o caminho de Roma a Cantuária era longo. A missão romana recebeu o apoio de Ethelbert, rei de Kent, cuja esposa era cristã. Ele os estabeleceu em Cantuária. O fervor e a eloquência dos monges romanos impressionaram o rei que, por sua vez, solicitou o batismo. Santo Agostinho, por outro lado, falhou com os celtas cristãos do País de Gales por falta de tato, segundo São Beda, o Venerável. Quando ele convocou seus bispos para que o reconhecessem como primaz nomeado pelo papa e adotassem a liturgia romana, ele achou por bem permanecer em seu assento em vez de ir ao encontro deles. Os clérigos bretões, irritados com a interferência destes monges romanos no seu país, partiram sem revelar nada. Santo Agostinho continuou a efetuar numerosas conversões entre os ingleses e fundou a sé de Cantuária, da qual se tornou bispo. Ele então se dedicou ao estabelecimento da jovem Igreja da Inglaterra e multiplicou suas tentativas de reconciliar os cristãos bretões e ingleses. Isso levará cem anos.
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