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Foto do escritorFraternidade São Nicolau

23º e último Domingo depois de Pentecostes

O Fim dos Tempos



PRÆLEGENDUM (Jer. 29,11, 12, 14; Sl 84,2)

Assim diz o Senhor: Meus pensamentos são de paz e não de aflição.

Clamai por mim e eu vos ouvirei.

Reconduzir-vos-ei de vosso cativeiro de todos os lugares.

Abençoaste, Senhor, a tua terra.

Livraste Jacó do cativeiro.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Amém.



CÂNTICO DO APOCALIPSE (Ap. 4-5)

Senhor nosso e nosso Deus!

Tu és digno de receber glória, honra e poder,

pois criaste todas as coisas;

por tua vontade elas foram criadas e existem.


Tu és digno de pegar o livro e de quebrar os selos.

Pois foste morto na cruz e, por meio da tua morte,

compraste para Deus pessoas de todas as tribos,

línguas, nações e raças.


Tu fizeste com que essas pessoas

fossem um reino de sacerdotes

que servem ao nosso Deus;

e elas governarão o mundo inteiro.


O Cordeiro que foi morto é digno de receber poder,

riqueza, sabedoria e força, honra, glória e louvor.

Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro

pertencem o louvor, a honra, a glória e o poder

pelos séculos dos séculos. Amém.



📖 EVANGELHO de Jesus Cristo, segundo São Mateus 24, 15-35

Naquele tempo, disse Jesus: Quando, pois, virdes a abominação da desolação, que foi predita pelo profeta Daniel, posta no lugar santo — o que lê entenda, — então os que se acham na Judeia, fujam para os montes; e o que se acha sobre o telhado, não desça para tomar coisa alguma de sua casa; e o que está no campo, não volte a tomar a sua túnica. Mas, ai das (mulheres) grávidas e das que tiverem crianças de peito naqueles dias!

Rogais pois que não seja a vossa fuga no inverno, ou em dia de sábado; porque então será grande a tribulação, como nunca foi, desde o princípio do Mundo até agora, nem jamais será. E, se não se abreviassem aqueles dias, não se salvaria pessoa alguma; porém, serão abreviados aqueles dias em atenção aos escolhidos.

Então, se alguém vos disser: Eis aqui está o Cristo, ou ei-lo acolá, não deis crédito. Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes milagres e prodígios, de tal modo que (se fosse possível) até os escolhidos se enganariam.

Eis que eu vo-lo predisse. Se, pois, vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais; ei-lo no lugar mais retirado da casa, não deis crédito. Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.

Em qualquer lugar, em que estiver o corpo, aí se ajuntarão também as águias. E, logo depois da tribulação daqueles dias, escurecer-se-á o Sol, e a Lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potestades dos céus serão abaladas. E então aparecerá o sinal do Filho do homem no céu; e todas as tribos da Terra chorarão, e verão o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e majestade. E mandará os seus anjos com trombetas e com grande voz, e juntarão os seus escolhidos dos quatro ventos, de uma extremidade dos céus até à outra.

Aprendei uma comparação tirada da figueira: Quando os seus ramos estão tenros e as folhas têm brotado, sabeis que está perto o estio; assim também, quando virdes tudo isto, sabei que (o Filho do homem) está perto, (está) às portas.

Na verdade vos digo que não passará esta geração, sem que se cumpram todas estas coisas. O céu e a Terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.


Glória a Ti, Senhor!


O Ícone do Juízo Final.

HOMILIA

Mons. Jonas, exarca para o Brasil


Queridos irmãos, queridas irmãs...

Nesta última semana do ano litúrgico, a Igreja oferece-nos o ensinamento do Salvador sobre o fim dos tempos. A Igreja também nos lembra de nosso próprio fim terreno.


Há no término do ciclo anual uma figura da nossa contingência. Os eventos finais do mundo e da humanidade têm como prelúdio nossa própria morte e nosso julgamento individual.


Ouçamos a palavra de Deus em Eclesiástico 7, 36: “Em tudo o que fizeres, lembra-te do teu fim e não peques”, disse o Profeta. O próprio Senhor nos exorta a sermos vigilantes. Nossa vida cristã é, em essência, orientada para o nosso fim e ao mesmo tempo um recomeço magnífico. E o Evangelho segundo São Mateus, que acabamos de ler, diz-nos “e todas as tribos da terra verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com muito poder e glória”.


Sim, irmãos e irmãs, o Senhor vem, vem para cada um de nós, vem sempre quando deixamos este mundo, ou seja, na hora da morte. O Senhor está vindo, embora os sinais de advertência, como temos ouvido, ainda não tenham se cumprido. Ninguém sabe o dia ou a hora, mas há sinais e precisamos aprender a ler estes sinais.


Lembremos as palavras de São Pedro na sua Segunda Carta, que ouvimos na Leitura Apostólica (2 Pd. 3, 8-14): "¹³ Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. ¹⁴ Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz".


Como nos assegura São Pedro, esperamos um dia compartilhar a herança dos santos na luz supraterrestre. Podemos, portanto, de agora em diante, regozijar-nos com os raios desta luz que nos alcançaram. Podemos busca, juntos, perante o Senhor as graças ou, como dizem os teólogos ortodoxos desde o século XIV, as energias não criadas que foram derramadas sobre nós e sobre o mundo. O benefício da graça que contém tudo está em nossa redenção.


O Senhor nos tornou capazes de compartilhar a herança dos santos, na luz. Ele nos arrebatou do poder das trevas e nos fez passar para o reino de seu Filho Amado. Todas as graças recebidas dependem essencialmente da nossa redenção, pois dependem da árvore, seus ramos e folhas. Somos arrancados do poder das trevas.


Mas o que é esse poder das trevas? Bem, este é o reino de Satanás. É dele que vêm o pecado e a corrupção. E nós, apesar da nossa indignidade, partilhamos, no seio da Igreja e em comunhão com a herança dos santos, na luz, quer dizer, a luz do próprio Deus. É esta luz que nos dá alegria, hoje, no final do ano litúrgico, pois voltaremos no próximo domingo, no primeiro domingo do Advento, no seio da Igreja e em comunhão com a herança dos santos, à luz, quer dizer, à luz do próprio Deus.


Filhos de Deus pelo Batismo, membros do Reino, por nós a Cruz de Jesus nos acompanha e não queremos mais deixá-la até que Cristo apareça nas nuvens do céu com poder e glória. É na Cruz que reside nossa salvação, nossa vida e nossa ressurreição. A Cruz é o sinal supremo da nossa redenção, da esperança do nosso coração, da nossa própria vida. Por ela, por meio dela, o Senhor nos cura, dia após dia, aos poucos. Por meio dela, Ele nos protege das concupiscências deste mundo. A Cruz, meus amigos, é a Cruz sobre a qual nosso Senhor Jesus Cristo golpeou a morte com sua ressurreição que nos faz renascer, que nos inspira o desejo profundo de viver em Sua presença, de estar com Ele para sempre, de ter o desejo de ver seu reinado chegando na terra como no céu.


E neste último domingo depois de Pentecostes, a Igreja nos convida a nos preparar para o retorno glorioso do Senhor. Esta preparação continuará ao longo do tempo do Advento que está para começar. Para falar a verdade, o ano nunca acaba. O ano é cíclico e nos leva a Deus que não tem começo nem fim. E no Evangelho de hoje o Senhor avisa-nos que todos os infortúnios que ocorrerem não nos devem assustar, porque, diz-nos, “serão sinais indispensáveis, são os sinais precursores do dia do Senhor”, daquele dia que ninguém conhece e que subitamente virá para a glória da Trindade Divina, Pai, Filho e Espírito Santo pelos séculos dos séculos. O ano nunca acaba.

Amém.




ORAÇÃO

(da Coleta, da Divina Liturgia Galicana)


Despertai, Senhor, a vontade dos vossos servos e das vossas servas, para que, procurando com vigilância e fervor os frutos da vossa obra, possamos receber da vossa misericórdia remédios mais eficazes contra os males deste mundo. Por Jesus Cristo, vosso Filho, nosso Senhor, que vive e reina convosco e com o Espírito Santo, um só Deus pelos séculos dos séculos. Amém.



SANTOS DO DIA


Santos Galacião e Episteme, Mártires em Emesa na Fenícia (+253)

Dois cônjuges, mártires em Emesa, na Fenícia, durante a perseguição do imperador Décio. Episteme era pagã, convertida pelo marido, seguiu toda a sua vocação espiritual, chegando mesmo a peregrinar ao Sinai, onde se retiraram para a solidão. Foi lá que foram presos para serem levados ao martírio. Episteme, que tinha apenas dezesseis anos, foi exposta nua, para que os pagãos rissem da dor dela por estar assim diante da multidão, enquanto suas mãos e pés eram decepados. Galaião foi golpeado tão cruelmente que morreu.

Fonte: Nominis.


Santa Bertila, 1ª abadessa de Chelles (+705)

Muito jovem, foi monja em Jouarre e depois primeira abadessa de Chelles em Brie Champagne, escolhida pela santa rainha Bathilde. A sua santidade não tem outra fonte senão a realização, em quarenta e cinco anos, da vida monástica na fidelidade em todos os momentos e no dia a dia aos seus compromissos religiosos. Ela assumiu as funções de enfermeira, diretora de escola e prioresa. A sua comunidade tornou-se muito numerosa, especialmente graças ao afluxo de jovens anglo-saxônicas.

Fonte: Nominis.


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