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Foto do escritorFraternidade São Nicolau

4º Domingo depois de Pentecostes

A fé recuperada



PRÆLEGENDUM (Sl. 28, 1.9; 119, 66)

A ti, ó Senhor, eu suplico, Rocha minha,

não deixes de ouvir o meu clamor.

Salva o teu povo e abençoa a tua herança!

Apascenta-os como seu pastor e conduze-os para sempre.

Ensina-me o bom senso e o conhecimento,

pois confio em teus mandamentos.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,

Como era no princípio, agora e sempre,

e pelos séculos dos séculos. Amém.



CÂNTICO DO APOCALIPSE (Ap. 4-5)

Senhor nosso e nosso Deus!

Tu és digno de receber glória, honra e poder,

pois criaste todas as coisas;

por tua vontade elas foram criadas e existem.


Tu és digno de pegar o livro e de quebrar os selos.

Pois foste morto na cruz e, por meio da tua morte,

compraste para Deus pessoas de todas as tribos,

línguas, nações e raças.


Tu fizeste com que essas pessoas

fossem um reino de sacerdotes

que servem ao nosso Deus;

e elas governarão o mundo inteiro.


O Cordeiro que foi morto é digno de receber poder,

riqueza, sabedoria e força, honra, glória e louvor.

Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro

pertencem o louvor, a honra, a glória e o poder

pelos séculos dos séculos. Amém.



EVANGELHO de Jesus Cristo, segundo São Marcos 9, 14-29

Naqueles dias, chegando junto dos seus discípulos, Jesus viu uma grande multidão em volta deles, e os escribas disputando com eles.

E logo toda aquela multidão surpreendida ao ver Jesus, correu para o saudar.

Perguntou-lhes: "Que estais disputando entre vós?"

Um de entre a multidão respondeu-lhe: "Mestre, eu trouxe-te meu filho que está possesso de um espirito mudo, o qual, onde quer que se apodere dele, o lança por terra, e o menino espuma, range com os dentes, e fica entorpecido. Roguei a teus discípulos que o expelissem, e não puderam."

Jesus respondeu-lhes: "Ó geração incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá."

Levaram-lho. Tendo visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência, e, caído por terra, revolvia-se espumando.

Jesus perguntou ao pai dele: "Há quanto tempo lhe sucede isto?" Ele respondeu: "Desde a infância.

O demônio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar; porém tu, se podes alguma coisa, vale-nos, tem compaixão de nós."

Jesus disse-lhe: "Se podes... tudo é possível ao que crê."

Imediatamente o pai do menino exclamou; "Eu creio! Auxilia a minha falta de fé."

Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo, dizendo-lhe: "Espírito mudo e surdo, eu te mando; sai desse menino, e não tornes a entrar nele!"

Então, dando gritos e agitando-o com violência, saiu dele, e o menino ficou como morto, de sorte que muitos diziam: "Está morto."

Porém Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele ergueu-se.

Depois que entrou em casa, seus discípulos perguntaram-lhe particularmente: "Porque o não pudemos nós expelir?"

Respondeu-lhes: "Esta casta de demônios não se pode expelir, senão mediante a oração e o jejum."



HOMILIA

para o 4º Domingo de Pentecostes

Mons. Jonas, exarca para o Brasil

16 junho 2024 - Capela Ecumênica do Cemitério São João Batista, Manaus/AM.


Queridos irmãos e irmãs,


Hoje, vamos meditar sobre a passagem de Marcos 9,14-29, onde Jesus cura um menino

possuído por um espírito impuro. Esta narrativa nos oferece lições profundas sobre a fé, a oração e o poder transformador de Cristo. Vamos organizar nossa reflexão em três pontos centrais:


1. O Confronto com a Incredulidade

No início do texto, encontramos Jesus diante de uma multidão em tumulto. Os discípulos, incapazes de curar o menino, representam nossa própria luta com a incredulidade. O clamor do pai, "Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!" (Marcos 9,24), é um apelo sincero que ecoa em nossos corações. Assim como Moisés, em Números 20, enfrentou o desafio de manter a fé diante das adversidades, somos convidados a reconhecer nossas fraquezas e buscar a misericórdia divina.


2. O Poder da Oração

Jesus ensina que certos tipos de espírito só podem ser expulsos por meio da oração

(Marcos 9,29). A oração é nossa arma espiritual, conforme Paulo nos exorta em Efésios

6,10-17 a vestir toda a armadura de Deus. A oração nos conecta com o divino e fortalece

nossa fé, preparando-nos para enfrentar as batalhas espirituais diárias. Que possamos,

portanto, cultivar uma vida de oração fervorosa e constante, confiando no poder de Deus para transformar nossas vidas.


3. A Cura Através da Fé e a Importância de Ser Instrumento de Cura

A cura do menino epiléptico demonstra que a fé é essencial para a transformação. Jesus

repreende a incredulidade dos discípulos e realiza a cura, mostrando que a fé verdadeira pode mover montanhas. Este milagre nos lembra que, como seguidores de Cristo, somos chamados a viver uma fé ativa e confiante em Deus, que tem o poder de curar e transformar. A análise literária deste texto destaca como a narrativa de Marcos enfatiza a fé como um elemento central para a cura e a libertação.


Mais que isso, somos convidados a ser instrumentos de cura para os nossos irmãos. Em

um mundo cheio de desorientação e pesadelos de derrota, devemos ser faróis de

esperança. Aqueles que vivem atormentados por pensamentos negativos ou pelo peso

das responsabilidades do mundo precisam do nosso apoio, encorajamento e orações.

Assim como Cristo trouxe libertação ao menino, nós também podemos ajudar a trazer paz e cura aos corações aflitos ao nosso redor.


Que possamos refletir sobre esses ensinamentos e fortalecer nossa fé, buscando sempre a proximidade com Deus através da oração e confiando plenamente em Seu poder e misericórdia.


A Ele o louvor, a honra e a glória pelos séculos dos séculos. Amém.



ORAÇÃO

(Immolatio, da Divina Liturgia Galicana. Próprio do Tempo de Pentecostes)


É verdadeiramente digno e justo,

equitativo e salutar dar-Vos graças em todo o tempo e em todo o lugar,

Senhor Santo, Pai todo-poderoso, Deus eterno.

Com o vosso Filho único e o vosso Espírito Santo sois um só Deus,

sois um só Senhor, não na solidão de uma só pessoa,

mas na Trindade de uma só substância.

O que nos revelaste da tua glória,

nós cremos sem qualquer distinção ou diferença,

tanto do teu Filho como do Santo Espírito.

Assim, ao confessar a divindade eterna e verdadeira,

adoramos num só e mesmo movimento Pessoas distintas,

uma só natureza e igual majestade.

Pois Vós sois louvado pelos anjos e arcanjos,

pelos querubins e serafins, que não cessam de cantar a uma só voz:


Santo, Santo, Santo, Senhor,

Deus do universo!

O céu e a terra proclamam a tua glória.

Hosana nas alturas!

Bendito o que vem em nome do Senhor!

Hosana nas alturas!



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