5º Domingo depois de Pentecostes
- Fraternidade São Nicolau
- 2 de jul. de 2023
- 4 min de leitura
Festa da Visitação da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, a Isabel.
PRÆLEGENDUM (Sl. 105, 7-8.4)
O Senhor é nosso Deus; seus julgamentos estão em toda a terra.
Ele sempre se lembra de sua aliança,
a Palavra que ordenou para mil gerações.
Procurai o Senhor e seu poder, buscai sempre a sua face!
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
Como era no princípio, agora e sempre,
e pelos séculos dos séculos. Amém.
HINO (Ode 5, Akathistos à Mãe de Deus)
Levando o Senhor Deus no seu materno seio
Entrou a Virgem-Mãe na casa de Isabel:
No ventre de Isabel, em saltos de alegria,
Louvou João a Mãe do Cristo Salvador:
Ave, sarmento de santo renovo;
Ave, ó ramo de fruto ilibado.
Ave, cultivas o divo Cultor;
Ave, dás vida ao Princípio da vida.
Ave, jardim onde crescem belíssimas graças;
Ave, ó mesa repleta de todos os dons.
Ave, amena campina Tu fazes brotar;
Ave, um pronto refúgio preparas aos crentes.
Ave, de preces incenso agradável;
Ave, suave perdão para o mundo.
Ave, clemência de Deus para o homem;
Ave, confiança do homem em Deus.
EVANGELHO de Jesus Cristo, segundo São Lucas 1, 39-47
Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:
— Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.
Então Maria disse:
— A minha alma anuncia
a grandeza do Senhor.
O meu espírito está alegre
por causa de Deus, o meu Salvador.
Te louvamos, Senhor!

Das Homilias de São Beda, o Venerável, presbítero, Séc.VIII
(Lib. 1,4: CCL 122,25-26.30)
Maria engrandece o Senhor que age nela
Minha alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador (Lc 1,46). Com estas palavras, Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons que lhe foram especialmente concedidos; em seguida, enumera os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o gênero humano.
Engrandece o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e ao serviço de Deus; e, pela observância dos mandamentos, revela pensar sempre no poder da majestade divina. Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas na lembrança de seu Criador, de quem espera a salvação eterna.
Embora estas palavras se apliquem a todas as almas santas, adquirem contudo a mais plena ressonância ao serem proferidas pela santa Mãe de Deus. Ela, por singular privilégio, amava com perfeito amor espiritual aquele cuja concepção corporal em seu seio era a causa de sua alegria.
Com toda razão pôde ela exultar em Jesus, seu Salvador, com júbilo singular, mais do que todos os outros santos, porque sabia que o autor da salvação eterna havia de nascer de sua carne por um nascimento temporal; e sendo uma só e mesma pessoa, havia de ser ao mesmo tempo seu Filho e seu Senhor.
O Poderoso fez em mim maravilhas, e santo é o seu nome! (Lc 1,49). Maria nada atribui a seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom daquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis,pequenos e fracos, em fortes e grandes.
Logo acrescentou: E santo é o seu nome! Exorta assim os que a ouviam, ou melhor, ensinava a todos os que viessem a conhecer suas palavras, que pela fé em Deus e pela invocação do seu nome também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação. É o que diz o Profeta: Então, todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo (Jl 3,5). É precisamente este o nome a que Maria se refere ao dizer: Exulta meu espírito em Deus, meu Salvador.
Por isso, se introduziu na liturgia da santa Igreja o costume belo e salutar, de cantarem todos, diariamente, este hino na salmodia vespertina. Assim, que o espírito dos fiéis, recordando frequentemente o mistério da encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade. E pareceu muito oportuno que isto se fizesse na hora das Vésperas, para que nossa mente fatigada e distraída ao longo do dia por pensamentos diversos, encontre o recolhimento e a paz de espírito ao aproximar-se o tempo do repouso.
ORAÇÃO
Ó Deus todo-poderoso,
que inspirastes à Virgem Maria sua visita a Isabel,
levando no seio o vosso Filho,
fazei-nos dóceis ao Espírito Santo,
para cantar com ela o vosso louvor.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que vive e reina na unidade do Espírito Santo,
pelos séculos dos séculos. Amém.

SANTOS DO DIA

São João Maximovitch, Arcebispo Ortodoxo em Xangai, Bruxelas e depois São Francisco (+1966)
Monsenhor João Maximovitch (1896-1966), canonizado pela Igreja Ortodoxa Russa no Exterior em 1993 sob o nome de São João de Xangai, é hoje reconhecido muito além das fronteiras de sua Igreja como um dos grandes ortodoxos espirituais do século XX.
Bispo em Xangai, onde viveu uma grande comunidade russa, depois na Bélgica, França e São Francisco (EUA), deixou a memória de um grande asceta e de um grande pastor, sabendo, dentro de suas obrigações episcopais, permanecer sempre um verdadeiro monge, mal dormindo, dedicando-se por muito tempo à oração, gostando particularmente dos serviços litúrgicos, e demonstrando profunda caridade para com cada alma pela qual era responsável.
São João de Xangai sagrou (coroou) ao episcopado nosso amado bispo São João de Saint-Denis, patrono de nossa Igreja. Leia sobre isso clicando aqui.

São Swithin, bispo de Winchester (+ 862)
Chanceler do rei Egbert da Inglaterra e tutor de seu filho, então conselheiro para assuntos eclesiásticos, finalmente nomeado bispo de Winchester, ele sempre manteve, em seu alto cargo, preocupação com os pobres e uma distância firme de qualquer ocasião de queda pecaminosa, que era não faltando na corte real.
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