top of page
Foto do escritorFraternidade São Nicolau

Quinta-feira depois das Cinzas

Reflexão do Evangelho do dia



Início da Oração

V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.

R. Senhor, socorrei-me sem demora.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre, e pelos séculos dos séculos. Amém.




Salmo 68(69)

Antífona: Palavras do Sábio: que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol? Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. E nasce o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar, de onde nasceu. O vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento e volta fazendo os seus circuitos. (Ecle 1, 3-6)


–17 Senhor, ouvi-me, pois suave é vossa graça, ponde os olhos sobre mim com grande amor! –18 Não oculteis a vossa face ao vosso servo! Como eu sofro! Respondei-me bem depressa! –19 Aproximai-vos de minh’alma e libertai-me, apesar da multidão dos inimigos!

=20 Vós conheceis minha vergonha e meu opróbrio, minhas inrias, minha grande humilhação; os que me afligem estão todos ante vós! –21 O insulto me partiu o coração; não suportei, desfaleci de tanta dor!

–30 Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! Que vosso aulio me levante, Senhor Deus! –31 Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! –32 Isto se mais agradável ao Senhor, que o sacricio de novilhos e de touros.

=33 Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente!

Ant.: Palavras do Sábio: que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol? Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. E nasce o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar, de onde nasceu. O vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento e volta fazendo os seus circuitos. (Ecle 1, 3-6)




📖 Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8, 5-13

5 E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe 6 e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado. 7 E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde. 8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará, 9 pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz. 10 E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. 11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus; 12 E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 13 Então, disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou.


Te louvamos, Senhor!



Homilia proferida pelo Rev.mo Pe. Nilson Serafim

de nossa Missão em São Paulo, SP.


A Santa Tradição enfatiza três práticas fundamentais no período da Quaresma: a oração, o jejum e a caridade. Hoje, somos convidados a refletir sobre a oração e seu papel central na vida cristã.


“Orar é dirigir a mente e os pensamentos a Deus. Orar significa permanecer diante de Deus com a mente, olhar mentalmente para Ele de modo inabalável, e conversar com Ele com reverente medo e esperança.” (S. Dimitri de Rostov)


“Algumas pessoas podem, sem dúvida, ter o dom espontâneo da oração meditativa. Hoje em dia, isso é raro. A maior parte dos homens tem de aprender como meditar. Existem maneiras de meditar. Não devemos, entretanto, esperar encontrar métodos mágicos, sistemas que façam todas as dificuldades e obstáculos se dissolverem no ar. A meditação é, por vezes, muito difícil. Se sustentarmos com coragem as durezas na oração e esperarmos pacientemente a hora da graça, bem poderemos descobrir que a meditação e a oração são experiências que nos trazem grande alegria. Não devemos, porém, julgar o valor de nossa meditação partindo de “como nos sentimos”. Uma oração dura e aparentemente infrutífera pode, de fato, ter muito mais valor do que outra mais fácil, feliz, iluminada e que pareça bem-sucedida.” (Thomas Merton)


Duas palavras nos parecem fundamentais para compreender a oração cristã: ‘confiança’ e ‘relação’. No Evangelho nos é apresentada a súplica confiante do Centurião em favor de seu servo: “dizei uma só palavra e o meu servo será curado”, ao que Jesus responde: “Em verdade, eu vos digo que não achei tamanha fé em Israel”. Oração é entregar-se totalmente, lançar-se confiantemente nos braços Daquele que tudo pode. O fundamento da oração é a fé.


Contudo, a palavra ‘fé’ tornou-se mal utilizada, denotando aceitação racional de determinadas verdades ou dogmas. Não! Fé não é isso! Fé tem mais a ver com relação, fidelidade e confiança. A primeira leitura nos conta da oração do Rei Ezequias: “Peço-Vos, Senhor, que Vos lembreis de como tenho andado diante de Vós, com fidelidade, e com um coração perfeito; e como tenho praticado o que é bom a vossos olhos.” (Is 38, 1-6) Se o alicerce da oração é a fé, a confiança, esta se constrói na relação com Deus. Uma relação como qualquer outra, com seus altos e baixos, idas e vindas, crises e consolações.


Temos então que oração é uma relação, um caminho, não um fim em si mesmo. Thomas Merton sabiamente nos aconselha a não buscarmos os “prazeres” da oração, as consolações e iluminações. Elas existem, sem dúvida, assim como existem a aridez e a sensação de deserto e solidão, em que parece que nossas preces não são atendidas e que Deus se afastou de nós. Não é o caso. Na oração, e em nossa vida, tudo é dom: a consolação e o deserto. Nas consolações Deus se faz presente, nos momentos de aridez somos nós que temos que nos fazer presentes diante de Deus, investir na relação, como se diz. Com confiança.


Uma vida de oração baseada na sensação, preferindo o “gostosinho e quentinho” da consolação e fugindo da solidão do deserto, é infantil e sensualista, muito ao gosto de certa “espiritualidade” mundanista no estilo “show da fé”. Como está a nossa vida de oração? Como está nossa relação com Deus? São perguntas que devemos nos fazer durante a quaresma. É uma relação madura, que atravessa com alegre confiança os momentos de deserto, ou é uma relação narcisista na qual só investimos se recebermos consolações em troca? A oração é um caminho cujo destino é o próprio caminhar, é Cristo nos convidando a andar com ele, pelos caminhos iluminados, mas também pelos sombrios.


Pe. Nilson Serafim

 

🙏 Intenções de oração

Proclamemos a misericórdia de Deus, que nos ilumina com a graça do Espírito Santo, para que resplandeçam em nossas obras a justiça e a santidade; e supliquemos:

R. Dai-nos a vida, Senhor, ao teu povo redimido!

Senhor, fonte e autor de toda santidade, fortalecei os bispos de nossa Igreja, em especial nosso Primaz Gregório e nosso bispo Jonas, os sacerdotes e os diáconos em sua união com Cristo por meio do mistério eucarístico,

– para que se renove sempre mais a graça que receberam pela imposição das mãos. R.

Ensinai-nos a participar de modo digno e ativo na mesa da Palavra e do Corpo de Cristo,

– para que mantenhamos na vida e nos costumes o que recebemos pela fé e pelos sacramentos. R.

Ensinai-nos a reconhecer a dignidade de cada pessoa humana, redimida pelo Sangue de vosso Filho,

– e a respeitarmos a liberdade e a consciência de nossos irmãos e irmãs. R.

Pelas orações de todos os santos e mártires, fazei que todos os seres humanos saibam moderar seus desejos de bens temporais,

– e atendam às necessidades do próximo. R.

(intenções livres)

Tende piedade dos fiéis que hoje chamastes desta vida para vós,

– e concedei-lhes o dom da eterna bem-aventurança. R.

Pai nosso...

Tem misericórdia de mim, Senhor, de acordo com a tua grande misericórdia, Kyrie eleison! Deus Todo-Poderoso, criaste todas as coisas por sua sabedoria, conceda-me em sua bondade manter uma fé firme e honesta. Amém!



Oração conclusiva

Inspirai, ó Deus, as nossas ações, e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e termine tudo aquilo que fizermos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.



😇 Santoral do dia


São Guenole, fundador da Abadia de Landévennec (✝ 504).


Na Cornualha de Armorique, no século VI, São Guénolé, o primeiro abade de Landévennec, que se diz ter sido discípulo de São Budoc na ilha de Lavret e ilustrado a regra monástica para Landévennec.


"Ó meus amados irmãos, para merecer possuir a mais pacífica tranquilidade e a mais tranquila paz lá em cima no céu, não busque a paz neste mundo."

São Guénolé em "sua vida" pelo monge Clément





São Calupan, eremita em Auvergne (✝ 576), nasceu por volta de 526 na Gália.


São Gregório de Tours conta-nos que era sacerdote e tinha dons de cura. Monge do mosteiro da abadia de Méallet, foi ordenado sacerdote por São Avit, bispo de Clermont.

Ele morreu em 3 de março de 576, com cerca de cinquenta anos.









Santa Cunegundes, Imperatriz Germânica (✝ 1040).

Com o marido, o imperador São Henrique, encheu de bênçãos a Igreja e, após a sua morte, retirou-se como freira para o claustro, fazendo de Cristo o seu herdeiro, e foi aí que morreu. Seu corpo foi depositado com honra junto ao de São Henrique, em Bamberg.











Fontes: Nominis.


22 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page